A Rússia está investindo pesado em expansão tecnológica e armamentista. Ao lado da China, o país construirá uma nova estação de pesquisa na Lua e recentemente iniciou testes de tanques de guerra robóticos autônomos no Exército, seguindo os passos de países como Austrália e Coreia do Sul.
Agora, as Forças Armadas russas contarão com mais um reforço especial: o míssil nuclear balístico intercontinental RS-28 Sarmat, também conhecido como Satan II.
O Satan II foi descrito como “invulnerável”. O poderoso armamento nuclear deverá ser testado três vezes este ano, e os lançamentos começarão dentro dos próximos meses, segundo informações da agência de notícias russa TASS:
O primeiro lançamento do Sarmat ICBM no âmbito dos testes de desenvolvimento de voo será realizado provisoriamente no terceiro trimestre de 2021, um campo na faixa de testes Kura em Kamchatka será um alvo.
O RS-28 Sarmat tem um alcance de 18.000 quilômetros — ou seja, não alcança qualquer lugar do planeta, mas atravessa continentes inteiros —, pesa cerca de 208,1 toneladas, além de 178 toneladas dedicadas a combustível, e consegue levar consigo uma carga útil de até 10 toneladas.
Isso significa que essa bomba atômica é capaz de lançar múltiplas ogivas nucleares e ter consigo motores hipersônicos que a tornam praticamente indetectável e imparável.
E a Rússia empregou esforços para fazer com que o Satan II seja realmente imparável. Segundo informações cedidas por militares ao TASS, o armamento nuclear foi desenvolvido para evitar especificamente qualquer tipo de defesa contra mísseis, navegando por rotas imprevisíveis e se aproximando do alvo de maneira extremamente rápida.
Dentre as táticas utilizadas na nova arma nuclear estão aceleração rápida para saída do alcance de sistemas de defesa e sobrevoo pelos polos Norte ou Sul, escapando de áreas mais fortemente defendidas, antes de seguir até o destino final.
O míssil Satan II substituirá o predecessor R-36M2 Voevoda, conhecido como “SS-18 Satan”, que foi desenvolvido nos anos 70. O novo armamento começou a ser desenvolvido nos anos 2000, mas somente em 2017 a Rússia realizou seu primeiro teste.
Na ocasião, ocorreram falhas técnicas com o sistema de lançamentos. Caso os testes deste ano corram bem, as Forças Armadas russas devem iniciar a implantação até o fim de 2022.
O fato de que o míssil está finalmente pronto para testes de lançamento significa a chegada de uma era perigosa, em que arma nucleares extremamente potentes entram nas relações políticas mundiais.
Há tempos a Rússia lida com energia nuclear. O país foi o primeiro a criar uma usina nuclear flutuante, que se embrenhou em uma viagem pelo Ártico.
Além disso, os planos para criação de robôs que atuarão nos frontes de batalhas do Exército continuam, e incluem modelos que, de acordo com o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, emitem radiação e fazem reconhecimento químico.Fonte https://www.tudocelular.com/