Mais do que o único zoológico do interior da Bahia, o Parque da Matinha tem se tornado um importante espaço de educação ambiental, preservação e conservação da fauna e da flora, além de proporcionar lazer e, por que não, inclusão social.
Na manhã da última quinta-feira, 10, foi aberta para receber inúmeras crianças autistas de Itapetinga e cidades vizinhas. O grupo Vamos Falar Sobre Autismo solicitou um horário exclusivo para as crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista – TEA.
De acordo com Viviane, uma das mães conselheiras do grupo, “uma das principais características do autismo é ter sensibilidade ao barulho, ao toque e à interação social. Com esse encontro, a gente consegue, além de proporcionar um ambiente favorável para eles, com um som mais controlado, longe dos olhares de julgamento, a gente consegue interagir, trocar experiências”.
O grupo Vamos Falar de Autismo surgiu na Apae, com profissionais que orientavam as mães sobre o tema. Com o tempo, as demandas foram aumentando, novas mães querendo debater o assunto, inclusive mães que não eram atendidas pela associação. A partir de então, o grupo deixou de ser apenas um grupo com reuniões presenciais e criou um whatsapp com todos aqueles que buscavam mais informações e trocas de experiências. Atualmente, o grupo acolhe mães com pré-diagnósticos e realiza um trabalho de interação e diálogo constante.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Luciano Almeida, a experiência foi tão positiva que eles decidiram reservar a última quinta-feira de cada mês para receber, exclusivamente, os autistas e seus acompanhantes. “O Parque da Matinha era um zoológico dentro de um pedaço da Mata Atlântica. Hoje tornou-se importante equipamento público. Muitas coisas ainda estão para acontecer aqui na Matinha. Além de um local excelente para o lazer, para a pessoa visitarem com a família, ter acesso a uma educação ambiental, ter contato com animais, nós intensificaremos cada vez mais a educação ambiental e agora, esse importante trabalho social, dando esse espaço para as crianças autistas estarem explorando ao máximo, de forma tranquila e muito divertida”, afirmou o secretário. ASCOM