Papa diz ter tido “presságios de destruição e desolação” e pede redução do consumo

O sermão de ano novo do líder da Igreja Católica trouxe uma reflexão sobre sua visão a respeito da realidade que todo o mundo atravessa, e a afirmação de que a paz verdadeira só pode ser encontrada em Jesus Cristo.

Como quase todas as manifestações do papa desde que foi escolhido para a função, o discurso veio carregado de um viés político, mas ainda assim trouxe uma mensagem de perdão e valorização da paz.

Durante a tradicional mensagem de ano novo para os milhares de fiéis que compareceram à Praça de São Pedro, o pontífice afirmou que o nascimento de Jesus é uma demonstração de que Deus veio ao mundo sem ostentação de poder, mas “fraco e frágil”.

“Deus está perto, ao nosso alcance. Não vem com a força de quem quer ser temido, mas com a fragilidade de quem pede para ser amado […] Ele não nos julga de seu trono no alto, mas olha para nós de baixo, como um irmão, antes, como um filho. Ele nasce pequeno e necessitado para que ninguém mais se envergonhe”, declarou.

Para a Igreja Católica, o dia de ano novo é também o Dia Mundial da Paz. A comemoração acontece há 55 anos, e no discurso de 2022, Francisco incentivou as pessoas a serem protagonistas na construção de um mundo pacífico, através da busca pela paz pessoal – algo que o papa frisou ser possível apenas através do Filho de Deus.

“Fazer um mundo de paz começa com ter paz em nossos corações, algo que só pode vir quando nos voltamos para Jesus”, pregou.

Segundo ele, “gestos concretos” de pessoas dispostas a “dar o primeiro passo” são indispensáveis para que a paz seja estabelecida entre pessoas com visões diferentes de mundo.

Ele orientou os cristãos a serem “artesãos da fraternidade” que “remendam os fios de um mundo dilacerado pela guerra e pela violência”, e acrescentou: “[A paz] se constrói estando atento ao mínimo, promovendo a justiça, com a coragem de perdoar, apagando assim o fogo do ódio”, disse.

“E também precisa de uma visão positiva, que sempre veja, tanto na Igreja como na sociedade, não o mal que nos divide, mas o bem que nos une […] Ficar deprimido ou reclamar é inútil. Precisamos arregaçar as mangas para construir a paz”, finalizou, de acordo com informações do Christian Today.